A eleição majoritária de 2020 não terá nada a ver com a que passou, em 2016. Mais que raro duas ondas (tsunami) no mesmo lugar, independente de quem a esteja surfando. Teremos três dos principais candidatos com uma similaridade gritante. Todos dependem de seus nichos. Enquanto o prefeito Rafael Diniz senta nos 25% que a máquina historicamente tem, também reza o mantra “dividir para conquistar”, torcendo para que Wladimir Garotinho e Caio Vianna se esgotem em flagelo ao buscar o voto mais humilde, cada vez mais distante do atual prefeito.
Enquanto isso, o responsável pela onda verde, segue tentando manter quem ainda o perdoa, a pedra. O voto mais elitizado ainda está do lado de quem hoje governa. Claro, mais pelo medo de ter Garotinho novamente do que manter as coisas como estão. A fala de Makhoul, quem já dominou o voto da pedra anteriormente, ontem, reflete bem essa linha de raciocínio. Quando perguntado sobre o que achava do governo Diniz, comparando com anteriores, respondeu: “Tá fazendo o dever de casa(…). Não tendo a farra, surto de ‘boiolagem’, plumas e paetês”.
Por isso, Rafael deverá tomar toda e qualquer atitude não só para evitar um candidato a mais na pedra, como deverá também tentar embolar ainda mais o voto periférico com algum candidato auxiliar mais popular, como o próprio Garotinho, pai de Wladimir, fez lançando Paulo Feijó em 2008, só que pra dividir o voto A e B.
Além dos nichos e segmentos, existem os pares, os prós e contras que os acompanham. Wladimir conta com o nome da mãe, Rosinha. Caio com o nome do pai, Arnaldo Vianna, por enquanto, aliado. E Rafael conta com o nome do pai de Wladimir, assim como da mãe de Caio, e toda rejeição que eles carregam. Poderia até ser um episódio da Grande Família, mas é apenas mais uma eleição em Campos.