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Trans abraçada por Drauzio Varela responde processo criminal por estupro e homicídio

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No último domingo (1) o Fantástico, programa da TV Globo, mostrou o preconceito, abandono e a solidão de presas transexuais que estão alocadas em unidades prisionais masculinas. Entre as histórias apresentadas por Varella, a que chamou mais atenção foi o caso de Suzy de Oliveira. A trans, cujo nome de batismo é Rafael Tadeu de Oliveira Santos, foi presa por estupro de vulnerável seguido de homicídio triplamente qualificado. Ela matou uma criança de nove anos.
De acordo com o processo, Suzy pediu auxílio à vítima para carregar um objeto até sua residência. Sabendo da ausência dos responsáveis da criança, a acusada realizou sexo oral e anal com o menor. Para ocultar o ato, a trans assassinou a vítima.
Rafael foi condenado a 36 anos e oito meses de prisão pelos desembargadores da 7° Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em 2017, a Defensoria Pública de São Paulo apresentou ao TJ uma solicitação da diminuição da pena, mas não foi atendida pelo 1° Grupo de Direito Criminal.
Uma tia da trans, que prestou depoimento ao tribunal, afirmou que Suzy “realizava roubos com arma e usava maconha.” Ela também disse que a sobrinha abusou de uma criança de três anos, quando trabalhava em uma padaria. Além disso, a tia lembrou que a acusada teria abusado de seu sobrinho que, na época, tinha cinco anos e meio.
A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo afirmou que a “reeducanda cumpre pena pelo artigo 121, §2, inciso III, IV e V e §4º do mesmo artigo (homicídio) e no artigo 217-A (estupro de vulnerável em menor de 14 anos), todos do Código Penal. Já o Tribunal de Justiça afirmou que não poderia se posicionar sobre o caso por se tramitar em segredo de justiça.
Em esclarecimento nas redes sociais, o médico Dráuzio Varella afirmou que é contra o julgamento das pessoas independente de seus atos. Para a reportagem, Varella explicou que não perguntou nada sobre os motivos que levaram as personagens a serem presas. Ele ressaltou que adota essa conduta para evitar que o julgamento pessoal interfira em no seu trabalho.
Pelo Twitter, um grupo de pessoas acusaram a detenta pelos crimes supostamente cometidos e que por esse motivo não receberia visitas há oito anos, como relatou na reportagem. Já outros, seguiram o mesmo pensamento do médico lembrando que o processo já foi julgado e não cabe a ninguém julgar a transexual. O assunto chegou aos trending topics.
Durante a reportagem, a trans afirmou ao médico que não recebia visita na penitenciária há oito anos.
“Muita solidão, não é minha filha?”, disse Varella que, em seguida, abraçou Suzy. Após a entrevista ser reproduzida na televisão, o ato repercutiu nas redes sociais.
Nesta semana, Suzy recebeu 234 cartas, 16 livros, 2 bíblias, maquiagens, chocolates, canetas, entre outros objetos. A trans está na Penitenciária I José Parada Neto, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo informou que ela recebe mensalmente 75% do salário mínimo pelo trabalho da empresa que presta serviços, assim como material de higiene da unidade prisional.
A advogada de Suzy, Bruna Castro, disse que fará um pronunciamento nesta segunda após conversar com a detenta sobre as repercussão do caso. Além disso, a defensora disse que o processo criminal que trata da morte do garoto estava em segredo de Justiça e que deve retornar à essa condição nos próximos dias.

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