A quadrilha do ex-governador Sérgio Cabral usou empresas do curso de inglês Brasas para lavar dinheiro segundo denúncia do Ministério Público Federal.
Os donos, John O’Donnell e John O’Donnell Júnior, colaboradores da Justiça Federal, revelaram que foram feitos 109 repasses fictícios da empresa CSMB Informática, do operador financeiro de Cabral, Luiz Carlos Bezerra, e da mulher dele, Cláudia Bezerra, que chegaram a R$ 1,1 milhão entre maio de 2011 a março de 2015.
Houve repasse ainda para Strike Bar Restaurante e Entretenimento. Em troca de dinheiro vivo, as empresas emitiam notas fiscais frias. O esquema foi interrompido quando outro filho de O’Donnell entrou de sócio nas empresas e identificou os depósitos ‘anormais’.
Jonh O’Donnell, amigo de infância de Bezerra, foi sócio dele na CFM Participações e Consultoria Ltda. Bezerra já confessou ter ‘lavado’ R$ 37,6 milhões da quadrilha. No mês passado, o juiz Sérgio Moro condenou Cabral a 14 anos e dois meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.