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Procuradoria dá cinco dias para Witzel explicar supostas ameaças feitas a secretário de Saúde

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Rio – A Procuradoria-Geral da República deu cinco dias para o governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), se explicar sobre as supostas ameaças feitas contra o atual secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais nesta terça-feira.
Durante a transmissão, Witzel chamou Chaves de “mentiroso” por causa do teor do depoimento dado pelo secretário no dia 17 de dezembro na sessão do Tribunal Misto Especial, que julga o processo de impeachment. O governador afastado disse que teria dado voz de prisão a Carlos Alberto, caso estivesse presente na ocasião.
A autuação de Witzel é assinada pela subprocuradora-geral da República Lindora Maria de Araújo. No documento. A PGR entendeu que houve tom de ameaça por parte do governador afastado ao se referir a Carlos Alberto, secretário estadual de Saúde e testemunha do processo de impeachment.
“Eu queria dizer para o secretário de Saúde do Rio de Janeiro: o senhor é um mentiroso, doutor Chaves. Desculpa, o senhor tem 70 anos de idade e tinha que ter vergonha na sua cara de ter ido naquele tribunal mentir. E durante, agora, as alegações, nós vamos mostrar a sua mentira. O senhor é um mentiroso. O senhor mentiu perante o tribunal. Eu estava aqui assistindo, não estava lá presente. Se eu estivesse lá presente, eu pedia a sua prisão. A sua condução coercitiva para que você peça desculpas ao tribunal porque o senhor é um mentiroso”, disse Witzel na transmissão.
No Twitter, o governador afastado se manifestou sobre a autuação. “Esclareço que apenas e tão somente exerci meu direito sagrado de defesa diante de informações inverídicas. Informações essas que constaram de determinado depoimento. Não ameacei, nem poderia ameaçar, na medida em que o depoimento já foi prestado, em data anterior à critica que veiculei nas minhas redes sociais.”
O depoimento de Chaves no processo de impeachment
O atual secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Chaves, relatou, durante depoimento na sessão de julgamento do processo de impeachment contra Wilson Witzel, que está sendo ameaçado de morte. “Nós estamos mexendo num vespeiro”, disse se referindo aos contratos firmados com as OSs e o Estado do Rio na área da saúde. O Tribunal Especial Misto (TEM), que julga o impeachment do governador afastado do Rio, ouve nesta quinta-feira testemunhas de acusação e de defesa do processo.
Segundo o secretário, todos os contratos firmados com as OSs não tinham nenhuma fiscalização ou tinham fiscalização precária. “Parece que era tudo feito para não dar certo. Tudo que estou encontrando, estou levando aos órgãos de controle. Eram feitos para superfaturar. Quando assumi, ainda havia R$ 767 milhões de restos a pagar a OSs. Suspendi tudo.”

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