O flagrante da imagem do rosto do assassino de Karina Garofalo fez o seu filho, de 11 anos, ter a certeza que ele tentava evitar nas oito horas seguintes ao crime. “Papai mandou matar a mamãe”, gritou. A tristeza foi substituída por raiva. “Ele socou a mesa e repetiu essa frase várias vezes. Não tinha mais dúvidas. Pouco após o crime ele nos disse que reconheceu o carro como sendo o do primo do pai. Mas voltou atrás porque queria negar o óbvio”, afirmou um investigador da Delegacia de Homicídios.
O reconhecimento do assassino foi feito dentro da sede da especializada, pelo filho de Karina, às 22h da noite de quarta-feira. Ele estava a poucos metros de distância no momento do crime, ocorrido após os dois terem almoçado juntos, na Barra da Tijuca. O ex-marido de Karina, Pedro Paulo Pereira, é apontado como mandante do assassinato. Já o primo do empresário, Paulo Maurício Barros Pereira, teria apertado o gatilho. Os dois tiveram a prisão decretada pela Justiça ainda na madrugada de ontem e, até o final da noite, não foram encontrados.
Segundo a especializada, as motivações para o crime seriam uma disputa litigiosa de divórcio, que envolve um patrimônio de cerca de R$ 3 milhões, e também a insatisfação de Pedro Paulo com a vítima estar em outro relacionamento. A polícia investiga a possibilidade de feminicídio, quando o crime é cometido contra uma mulher que não quer ser submissa a algum desejo do assassino.