Ao final da sabatina com o candidato à Presidência Jair Bolsonaro, do PSL, nesta sexta-feira, 3, o Grupo Globo rebateu as afirmações do presidenciável de que, em editorial de 1984, Roberto Marinho, fundador do conglomerado, reconheceu que o jornal O Globo apoiou editorialmente o golpe militar de 1964 “identificado com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas”.
O conteúdo, provavelmente ditado no ponto eletrônico usado pela apresentadora, no entanto, fez com que a fluidez da locução de Miriam destoasse do tom habitual das emissoras de televisão, fazendo com que o conteúdo da mensagem passada ao telespectador por vezes fosse até esquecido. Além do mais, o que foi citado em nota, não condizia com o contexto do que o candidato havia dito na resposta a uma pergunta de minutos antes.
Enquanto Bolsonaro brincava, a seu estilo, com os entrevistadores depois da sabatina – ele disse, por exemplo, que teria dois ministros entre os jornalistas e daria um “abraço hétero” em Fernando Gabeira – a jornalista Miriam Leitão, mediadora da entrevista, passou a reproduzir ao vivo uma nota elaborada pelo Grupo Globo.
A fala da jornalista, repleta de pausas e com a voz trêmula em alguns momentos, virou assunto nas redes sociais e até o início da tarde deste sábado, é um dos assuntos mais comentados do Twitter.
Miriam Leitão fazendo a leitura da nota no final do programa#BolsonaroNaGloboNews pic.twitter.com/dKAxdd0kQ5
— José Lima (@JSLimaSilva) 4 de agosto de 2018