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No Carnaval, roubos de rua subiram 107% em relação à festa de 2017

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 Os crimes registrados de sexta-feira, dia 9, até a Quarta-Feira de Cinzas, 14, aumentaram em comparação aos seis dias do período de Carnaval em 2017. O levantamento registrado diretamente na base da Polícia Civil, contradiz os números parciais divulgados ontem pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), que apontava diminuição dos delitos, e as declarações do governador Luiz Fernando Pezão, que afirmou que a violência foi menor na festa deste ano.

Os roubos de rua, por exemplo, mais que duplicaram: aumentaram 107% neste Carnaval. Entre a sexta-feira, dia 9, e a Quarta-Feira de Cinzas foram 1.548 roubos no estado. Já nos seis dias dos festejos do ano passado, foram 745 registros. Essa tipificação abrange roubos a celular, transeunte e nos ônibus. Os roubos de carro também dispararam. Neste Carnaval, foram 888 casos, contra 750 de 2017, um aumento percentual de 18,4%. Os roubos a turistas dobraram. Se em 2017 foram 23 roubos, no Carnaval de 2018 foram 51 registros realizados.

Já os homicídios apresentaram redução no estado, de acordo com a base de Registros de Ocorrência. Neste Carnaval foram 86 homicídios e, no mesmo período do ano passado, 94. Segundo os dados do ISP, no entanto, foram 1.062 roubos a pedestres em todo o estado de 9 a 14 de fevereiro deste ano, contra 1.178 casos no carnaval de 2017.

Em entrevista por telefone, o secretário de Segurança que pediu exoneração ontem, Roberto Sá, afirmou que “acredita nos números divulgados pelo ISP, que sempre foram fidedignos”. “Além disso, não se pode tomar como parâmetro 2017, já que nesse período houve greve da Polícia Civil e subnotificação dos casos”, acrescentou.

Apesar disso, em relação aos roubos de veículos, por exemplo, os donos dos carros costumam realizar os registros, mesmo de forma online. Sá completou dizendo que “o fato de muitos dos crimes do Carnaval terem sido filmados e veiculados, aumentou a sensação de insegurança da população”.

Após 1 ano e quatro meses como secretário estadual de Segurança do Rio, Roberto Sá pediu a exoneração do cargo após a intervenção federal. Ele desabafou: “Ninguém espera sair assim. Mas, saio de cabeça erguida. Fui um soldado que aceitou o desafio de administrar a Segurança com a calamidade financeira decretada”.

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