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Laudo da Justiça contradiz MP e desmente Garotinho

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Um novo laudo, pedido pela Justiça, contradiz uma perícia do Ministério Público do Rio sobre a suposta agressão ao ex-governador Anthony Garotinho na cadeia. Os peritos do setor de segurança eletrônica do Tribunal de Justiça compararam as imagens de duas câmeras a pedido do juiz Rafael Estrela, titular da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro.

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A câmera chamada de Galeria B Meio fica quase em frente à cela onde estava preso o ex-governador. Essa câmera tem um sensor que interrompe as gravações, e só é acionada quando registra algum movimento. Foi essa câmera que captou claramente o momento em que Anthony Garotinho bate palmas para chamar os agentes penitenciários, à 1h32 de 24 de novembro de 2017.

A outra câmera é a Galeria B Fundos. Ela fica mais longe da cela, mas grava sem interrupções, mostrando o mesmo corredor, de outro ângulo. A olho nu, não é possível ver as palmas do ex-governador.

Essa foi uma das razões que levaram o Ministério Público do estado a afirmar que havia fortes indícios de interferência humana nas gravações, numa perícia feita em janeiro. Mas os engenheiros do Tribunal de Justiça contradizem o Ministério Público. Eles afirmam que fizeram uma aproximação nas imagens que chega a um resultado diferente da perícia.

Segundo o relatório, foi possível verificar que ocorre uma variação de pixels, ou seja, de tons e de luminosidade, no mesmo exato momento indicado na câmera da Galeria B Meio. Ou seja, segundo eles, embora não seja possível ver a olho nu, a câmera dos fundos também registrou as palmas do ex-governador. Por isso, os peritos concluem, dizendo: “Não podemos confirmar tecnicamente que tenha havido manipulação na gravação”.

Naquela noite, Anthony Garotinho contou que estava dormindo e foi despertado por um homem com um bastão parecido com um taco de beisebol e levou um golpe no joelho e no pé. Na época, a Secretaria de Administração Penitenciária apresentou vídeos e informou que ninguém circulou na ala onde o ex-governador estava sozinho.

A secretaria concluiu que a história era uma farsa e Garotinho foi punido com a transferência para Bangu 8. No fim de dezembro, o ex-governador do Rio, que é acusado de crimes eleitorais, corrupção e organização criminosa, foi solto por decisão do Supremo Tribunal Federal.

O órgão técnico do Ministério Público estadual vai analisar o laudo. A Secretaria de Administração Penitenciária declarou que ainda não foi comunicada da nova perícia. O JN não conseguiu contato com a defesa de Anthony Garotinho.

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