A semana que marca a volta do legislativo campista, também já começa marcada por uma manobra política das mais antigas. O governo irá protocolar ainda essa semana a CPI da Educação, que irá investigar gastos na área nos últimos anos. Acontece que, o objetivo real da comissão é outro bem diferente do que se propõe.
Atualmente a Câmara tem duas CPIs já protocoladas, a do Transporte Público, que será presidida pelo vereador Thiago Rangel, que irá investigar a gestão de Felipe Quintanilha a Frente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), e a CPI da Saúde, que será presidida por Júnior Virgílio. Pelo regimento interno, a Câmara só pode ter 2 CPIs acontecendo ao mesmo tempo. Uma terceira CPI só pode acontecer caso tenha projeto de resolução, que é o caso da CPI da Educação. Com isso, a aguardada CPI da Águas do Paraíba ficaria no final da fila.
A manobra foi articulada pelo presidente da Câmara, Fábio Ribeiro, junto com o líder do governo, Álvaro Oliveira, á pedido do prefeito Wladimir Garotinho. Os dois em conjunto chegaram a pedir para que vereadores não assinassem o requerimento protocolado pelo vereador Rogério Matoso (DEM). A CPI buscaria esclarecimentos do porque, por exemplo, a empresa obteve aumento na taxa de água e esgoto de 7,14% no ano passado, mesmo tendo lucro líquido acima dos R$ 50 milhões no ano anterior.
O que nos resta a saber é o porque o atual governo quer engavetar uma CPI da Águas do Paraíba e não revoga o aumento da taxa de água e esgoto concedido para a empresa. É uma relação tão próxima, que chega a ser estranha.