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Filho de Flordelis é detido após enterro do pai

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Um dos filhos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), de 58 anos, e do pastor Anderson do Carmo de Souza, 42, foi detido logo após o enterro do pai, no início da tarde desta segunda-feira. O homem, que foi identificado como Flávio dos Santos, foi prestar esclarecimentos sobre a morte do pastor, na madrugada de ontem, em Niterói, na Região Metropolitana do estado e preso por conta de um mandado de prisão em aberto por violência doméstica, em outro crime ligado à Lei Maria da Penha. Flávio será levado para a carceragem da Polinter.
“Foi expedido um mandado de prisão por violência doméstica. Sobre o outro filho, eu não sei se ele está aqui ou não. O delegado falou comigo muito rápido. Sobre o pedido da prisão do Flávio já sabíamos do mandado e até tínhamos pedido um habeas corpus e a revogação. Tem se veiculado que ele está envolvido com o homicídio, mas não tem nada disso. A vítima, ex-esposa dele, já ligou desesperada e chorando querendo de retratar e retirar a queixa. Eles já estão separados há anos. Sobre desavença, não tenho essa informação. Se tivesse acontecido isso, eu teria sabendo. Eu desconheço desavença, mas eu não posso dizer se tinha ou não. Foi um caso brutal, que leva-se a essa especulação.  Digamos que fosse um crime passional, acho que não tinha desavença. Não sei detalhes da perícia, pois depois que a Flordelis saiu daqui eu não voltei mais”, disse a advogada de defesa Luciene Diniz Suzuki.
Flávio foi detido por policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) ainda no Memorial Parque Nycteroy. Durante o sepultamento do corpo do pai, ele ficou o tempo todo ao lado da mãe, saindo com ela após a cerimônia. No fim do enterro, os agentes da DHNSG pediram para guardas municipais fecharem o cemitério. Eles, então, procuraram Flávio nos carros estacionados no local. Abordado, Flordelis pediu para que ele não fosse levado, dizendo “aqui não”.
A mulher de Flávio desmaiou quando ele foi levado pelos policiais, em um carro descaracterizado. “Vocês estão fazendo isso, vão achar que eu sou bandido. Vão achar que fui eu (que matei)”, ele disse, ao ser levado pelos policiais. Após o filho ser detido, Flordelis rechaçou a participação dele no caso: “Isso é uma grande mentira, uma inverdade. É especulação. Não vou permitir que ninguém acuse nenhum dos meus filhos sem ter provas”, reclamou.

O governador Wilson Witzel afirmou que esteve com o secretário de Polícia Civil na noite deste domingo, após a notícia do assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis (PSD). O governador revelou que a linha de investigação atual é a de que um filho adotivo do casal teria cometido o crime. Wilson Witzel falou sobre o caso na manhã desta segunda durante evento de inauguração de obras na Escola estadual Paulo de Frontin, na Praça da Bandeira.

– A morte nos causa muita perplexidade. Ontem estive com o secretário de Polícia Civil e ele me disse que há suspeita de que um dos filhos adotados, não sei se formalmente ou informalmente, teria praticado o crime. Agora está nessa linha de investigação. Entendemos que é um fato lamentável e espero que tudo seja rapidamente esclarecido. Vamos acompanhar a investigação.

Pouco antes do pronunciamento de Witzel, logo após o sepultamento do pastor, Flordelis havia negado a hipótese de envolvimento de um dos filhos na morte do marido.

– Isso é uma grande mentira. É uma inverdade. Não é verdade. Não vou permitir que acusem um dos meus filhos sem provas – rebateu a viúva.

Flordelis havia reafirmado a versão de que o marido havia morrido defendendo a família, numa tentativa de assalto. Durante o velório, um dos filhos do casal foi levado pela polícia para prestar esclarecimentos. Não há detalhes sobre a razão.

– Nós não temos inimigos. É fato. Digo com toda certeza. O portão da garagem estava aberto num lugar perigoso, que já havia acontecido outros assaltos. Minhas filhas tinham sido assaltadas naquela rua. E ele por alguma distração deixou a garagem aberta. É nisso que acredito. Ele morreu defendendo a família.

Centenas de pessoas, entre familiares, amigos, fiéis do Ministério Flordelis e políticos acompanharam o sepultamento . Após a cerimônia Michele Souza, irmã de Anderson, desmaiou e deixou o cemitério carregada. Durante o sepultamento, a cantora gospel Bruna Karla cantou o hino “Ele vive”.

Enquanto o caixao baixava a sepultura, Flordelis repetia:

– Mataram meu marido. Por que mataram? Fala comigo.

O pastor foi morto com diversos tiros na garagem de casa, na madrugada deste domingo no bairro de Pendotiba, em Niterói.

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