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Falta de médico em UBS gera ameaça de morte contra enfermeira na Baixada Campista

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A falta de médico plantonista na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Baixa Grande, vem causando uma enorme confusão, envolvendo até ameaças de morte. O caso acontece após a morte de um paciente especial, que foi atendido na unidade em um dia que não havia médico na unidade.

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Segundo Elaine Leão, representante dos servidores de Campos, tudo começou quando em um domingo, o paciente foi levada até a UBS de Baixa Grande com quadro de saúde estável. O paciente não apresentava quadro de saúde emergencial, e além disso, pelo fato da unidade não contar com atendimento médico nos sábados e domingos, a enfermeira responsável pelo atendimento orientou que a os responsáveis encaminhassem o paciente para algum hospital que tivesse atendimento médico.

O paciente foi levada para o Hospital São José, dando entrada ainda durante a tarde de domingo. De noite, o estado do paciente se agravou, tendo de ser entubada de maneira emergencial, não resistindo e morrendo horas depois. A partir daí, pessoas que conheciam o paciente passaram a ameaçar a enfermeira responsável pelo primeiro atendimento, afirmando que houve negligência no atendimento.

Falando com exclusividade ao Click Campos, a enfermeira responsável pelo primeiro atendimento, que não identificaremos, falou sobre o caso.

– A unidade não tem médico de plantão aos domingos há 9 meses. Só fica a equipe de enfermagem, nós não temos nenhum protocolo de atendimento, não temos nenhum documento da secretaria de Saúde informando quais pacientes devem ser removidos de lá, ficando a critério de cada enfermeiro. Nós não temos respaldo legal nenhum, em casos como este a responsabilidade teria de ser de algum médico, não do enfermeiro. – disse a enfermeira.

O caso vem ganhando repercussão nos últimos dias, já que a servidora pede a transferência para outra unidade hospitalar e vem sendo negado pela secretaria de Saúde. “O que eu gostaria de pedir é que o secretário Abdu Neme pense na situação em que colocaram essa servidora, e que por favor, pensem que tem um ser humano aqui sofrendo por culpa de vocês (prefeitura). Foram vocês que não colocaram médico aqui. Nós queremos que vocês resolvam o problema dela agora, apenas isso”, disse Elaine Leão.

CASO REPERCUTE NA CÂMARA
O caso foi repercutido na Câmara de Campos há duas semanas, quando o vereador Alvaro Oliveira levou o caso para a tribuna, pedindo para que a Prefeitura fizesse algo na UBS de Baixa Grande, já que além da falta de médicos, também falta medicamentos e insumos.

Quem também falou sobre o caso foi o vereador José Carlos, que defendeu a prefeitura no caso. “A culpa de aplicarem só Dipirona é dos médicos, não é do prefeito. Rafael não é médico”. A fala gerou revolta em servidores presentes e também nas redes sociais. Segundo servidores, a prefeitura só vem disponibilizando Dipirona para os postos de saúde, o que compromete o atendimento.

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