O presidente afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Aloysio Neves, admitiu a existência de um esquema de pagamento de propina na instituição. A declaração constra em um áudio entregue pelo empresário e delator Marcos Andrade Barbosa Silva ao Ministério Público Federal. Segundo refere o G1, a gravação foi realizada no dia 13 de dezembro de 2016 e foi entregue por Marcos para firmar um acordo de delação premiada.
A denúncia indica que Aloysio Neves pede três vezes, em apenas uma obra, propina de R$ 150 mil, totalizando R$ 450 mil, entre novembro de 2016 e fevereiro de 2017. Os procuradores também afirmam que Aloysio recebia uma mesada do ex-governador Sérgio Cabral no valor de R$ 100 mil. O valor foi pago, pelo menos, 87 vezes, entre janeiro de 2007 a março de 2014.
A gravação entregue ao MP mostra uma conversa entre Marcos e Aloysio, em que o presidente afastado do TCE-RJ diz que tem medo de perder a “ajuda” paga por Sérgio Cabral. “A minha relação pessoal com o Cabral só me trouxe prejuízo, alegou Aloysio na conversa.
O advogado de Aloysio Neves, Rafael Faria, nega qualquer envolvimento com fatos crimonosos e afirma que a inocência ficará comprovada no curso do processo.