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Enterro de músico fuzilado por militares é adiado por falta de vaga em cemitério

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 corpo do músico Evaldo Rosa dos Santos, de 51 anos, que foi fuzilado por militares do Exército, no último domingo, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, vai ser sepultado nesta quarta-feira, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. De acordo com parentes do músico, o enterro que seria realizado nesta terça-feira teve de ser adiado por falta de vaga.

— Já havia sido feita uma reserva, mas para terça-feira não tinha mais vaga. Somos os primeiros da fila para realizar o sepultamento na quarta-feira — disse um parente do músico.

Evaldo Rosa dirigia um Fiat Siena quando o carro foi atingido por tiros disparados pelos militares. No carro, além de Evaldo, estava sua mulher, seu filho de 7 anos, além de uma afilhada do casal, de 13, e o sogro dele, Sérgio Gonçalves de Araújo, de 59 anos.

Sérgio foi ferido e está internado no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. Além dele, Luciano Macedo, um catador de material reciclável que tentou socorrer a família, também foi ferido por disparos. Ele está internado no Hospital estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes. A principal hipótese para explicar os disparos é a de que os militares tenham confundido o Siena com um carro roubado.

Nesta quarta-feira, a ONG Rio de Paz vai fazer uma manifestação de 7h às 9h, na Estrada do Camboatá (ao lado do Piscinão de Deodoro) em repúdio ao fuzilamento. Segundo nota divulgada pela ONG, “moradores da comunidade do Muquiço, vizinha ao local do crime, portarão 80 bandeiras do Brasil furadas, simbolizando os tiros que foram desferidos pelos na direção de um automóvel que passava, na tarde do último domingo, dia 7 de abril, pelo local”.

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