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Temer nega ‘reunião de mafiosos’ para acertar pagamento de US$ 40 milhões

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O presidente Michel Temer voltou a negar que tenha comandado uma reunião em 2010 para acertar pagamento de US$ 40 milhões de propina ao PMDB. Em entrevista a rádios nesta segunda-feira, Temer disse que não houve “reuniões de mafiosos”, e que as delações são mentirosas mas “pegaram”. O suposto encontro foi descrito pelo ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial, Márcio Faria, em colaboração premiada.

— O Judiciário vai levar essa coisa de sentado à cabeceira fazendo reuniões de mafiosos, não é? E 40 milhões de dólares, você disse? É muita coisa. É muita coisa, é muita coisa. Realmente são coisas fantasiosas, mas que pegaram. Divulgou-se isso muito. Isso tem que ser apurado — respondeu Temer a jornalistas.

O ex-executivo da construtora delatou que o então candidato a vice da ex-presidente Dilma Rousseff estava sentado à cabeceira da mesa de reunião em 15 de julho de 2010. O local era o escritório político de Temer em São Paulo. Também estariam no encontro os então deputados federais Eduardo Cunha (RJ) e Henrique Alves (RN).

O presidente admite a audiência, mas rechaça que tenha tratado de “valores ou contratos na Petrobras”. Os US$ 40 milhões para o PMDB, segundo Faria, seriam 5% de um contrato da empreiteira com a estatal.

Questionado sobre os oito ministros investigados pela Lava-Jato, Temer afirmou que eles são da “maior suposição administrativa” e de “competência extraordinária”. O próprio Temer foi citado em dois inquéritos, mas tem “imunidade temporária” por atos anteriores ao mandato enquanto ocupar o Planalto. Em fevereiro, o peemedebista estabeleceu uma linha de corte: só vai demitir ministros depois que se tornarem réus.

 

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